quinta-feira, novembro 25, 2004

Sondagem

Ressacando de Shakespeare e com flashbacks do fim-de-semana, estou interessada em saber a vossa opinião sobre a seguinte pergunta:

O que leva uma mãe a fazer acreditar ao seu filho deficiente que ele só terá alguém que lhe dará prazer se recorrer aos serviços de uma prostituta?
Isto a propósito da reportagem da sic no sábado sobre o "Direito ao prazer". Achei interessante tanto o tema e a maneira como foi conduzida a reportagem (se fosse noutro canal imagino as imagens chocantes que não iriam pôr!). Mostraram de tudo: pessoas com diferentes tipos de deficiência que estavam casadas com pessoas "normais" e outras que esperavam um dia vir a conhecer o amor de alguém que não fosse como eles. Mas houve uma entrevista que me fez confusão; a de um homem que dizia que gostava de ter prazer mas que sabia que isso só era possível se requisitasse os serviços de uma prostituta. Mas há mais! Ele também disse que, como cidadão de direito, exigia que a protituição fosse legalizada para poder usufruir do seu "direito ao prazer"! A seguir mostram a mãe dele e as palavras de ordem repetem-se, umas atrás das outras.
A influência da figura maternal é indiscutível em qualquer pessoa, quer seja boa ou má. Mas será que a esperança é assim tão diminuta que as pessoas que lutam diariamente para levar uma vida normal dentro do possível têm de se rebaixar para poder usufruir de um direito? Nenhum ser humano deveria passar por isso.

domingo, novembro 21, 2004

Uma amostra de mestre

Sonnet 18
Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate:
Rough winds do shake the darling buds of May,
And summer's lease hath all too short a date:
Sometime too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd,
And every fair from fair sometime declines,
By chance, or nature's changing course untrimm'd:
But thy eternal summer shall not fade,
Nor lose possession of that fair thou ow'st,
Nor shall death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow'st,
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee.
by Shakespeare

sábado, novembro 13, 2004


Precisa-se de uma invenção viável de teletransporte. Máxima urgência!

quarta-feira, novembro 10, 2004

Diálogo interior

Não sou o único
Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ver os sonhos partirem
À espera que algo aconteça
A despejar a minha raiva
A viver as emoções
A desejar o que não tive
Agarrado às tentações
E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará
E quando as trevas se abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará
Não, não sou o único
Não sou o único a olhar o céu
Não, não sou o único
Não sou o único a olhar o céu
Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ouvir os conselhos dos outros
E sempre a cair nos buracos
A desejar o que não tive
Agarrado ao que não tenho
Não, não sou o único
Não sou o único a olhar o céu
E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará
E quando as trevas se abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará
P.S. - Obrigada ao Tim por esta letra e aos outros Xutos (principalmente a um Zé Pedro cheio de pica) por um concerto muito bom "naquela terra que não é Sta Maria da Feira".